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O programa, que liderou o último Ranking da Baixaria da TV da Câmara dos Deputados, aposta no modelo apelativo para suprir a falta de boas piadas
Por carência de boas piadas, ou mesmo por puro mau gosto, o programa Pânico aposta em baixarias e bizarrices para chamar a atenção dos telespectadores nas noites de domingo. Não à toa, a atração entrou no Ranking da Baixaria na TV, consolidado pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, por dois anos consecutivos. Na última lista, de janeiro de 2011, liderou com 113 denúncias que acusavam o humorístico de expor as pessoas ao ridículo, de fazer humor grotesco, de excesso de nudez e do uso de palavras de baixo calão. O segundo colocado do ranking, o policialesco Brasil Urgente, da Band, teve quase metade das queixas: 68 denúncias.
A estreia do Pânico na Band, em 1º de abril, foi bem sucedida. Com 11 pontos no Ibope da Grande São Paulo, o programa empatou com o Domingo Espetacular, da Record, e ficou atrás dos 17 pontos do Fantástico, da Globo. Porém, para voltar a atingir os dois dígitos, a equipe de humoristas teve de partir, novamente, para a apelação.
A última vítima foi a panicat Babi Rossi. Ela teve seu cabelo raspado ao vivo enquanto chorava e pedia calma a um cabelereiro enérgico. Apesar da humilhação -- negada pela própria já no dia seguinte, talvez para salvar o emprego --, Babi pôde agradecer por seu trote, pelo menos, não ter terminado no hospital, cenário final de muitas brincadeiras do Pânico.
Ao longo de seus quase nove anos de televisão, iniciados na Rede TV! em 2003, o Pânico já acumulou cenas dignas de serem exibidas na série americana Jackass, famosa por criar situações em que as pessoas se machucavam ou se expunham ao ridículo. Entre elas, estão gravações de Vesgo apanhando de entrevistados irritados com suas piadinhas, de Sílvio quebrando o pulso na Argentina, do produtor Bolinha fraturando o ombro e da apresentadora Sabrina Sato sendo picada por um escorpião – cena que, apela não só para o sofrimento da ex-BBB mas também para seu derrière, que recebe um close impublicável.
Confira abaixo as sete maiores baixarias e bizarrices do Pânico.
Panicat tem cabelo raspado ao vivo
Depois de diversas polêmicas e acidentes na RedeTV!, o Pânico levou sua máquina de produzir baixarias para a Band. Já no terceiro programa na nova emissora, a panicat Babi Rossi teve seu cabelo raspado ao vivo. Apesar do choro e dos gritos com que pediu calma ao cabeleireiro que atacou sua cabeça com rapidez, no dia seguinte a assistente de palco tratou de defender o programa, dizendo que agiu por vontade própria -- e "amor" à profissão. Era, claro, um alinhamento junto ao cada vez mais indefensável humorístico.
Sabrina Sato cai de avestruz
Um episódio do quadro Lingerie em Perigo terminou com a apresentadora Sabrina Sato no hospital. Vestida apenas com trajes íntimos, a ex-BBB participou de uma corrida de avestruzes ao lado das panicats, igualmente desnudas, em Araçatuba, cidade do interior de São Paulo. A alta velocidade dos animais derrubou todas as participantes, o que resultou em cenas apelativas no estilo vídeo-cassetada e, assim, mais alguns televisores sintonizados no programa. A queda de Sabrina, no entanto, rendeu algo mais: uma internação. Ela bateu a coluna no chão e se afastou do humorístico por algumas semanas para tratamento. Descontente com o quadro, o Ministério Público caiu em cima do Pânico, que teve sua classificação etária e horário de exibição alterados.
Vesgo: 18 Kg no quadro ‘Cinturinha do Zeca’
As gordurinhas perdidas por Zeca Camargo em um reality show do Fantástico não viraram apenas motivo de piada para o Pânico na TV. O humorista Rodrigo Scarpa, o Repórter Vesgo da atração, aceitou engordar em uma paródia do quadro global: em vez de perder, ele tinha de ganhar peso. O prêmio seria um Porsche. Bola, personagem de Marcos Chiesa, também entrou na disputa -- ele, sim, deveria emagrecer. No final, Bola perdeu 13 quilos e Vesgo ganhou 18, além de uma réplica do carro – sim, era uma pegadinha –, a vergonha do próprio corpo e o risco de um enfarte.
Vesgo leva tapa de Victor Fasano
As abordagens da dupla Vesgo e Sílvio costumam irritar os famosos. Carolina Dieckmann já processou o programa e conquistou o direito de não ter nem mesmo seu nome mencionado no humorístico. Outros fizeram justiça com as próprias mãos, como o ator Victor Fasano, que não gostou do trocadilho feito pelo repórter -- "Victor Faz Anos" -- e desferiu um tapa em Vesgo.
Vesgo leva soco de Netinho de Paula
Um ano após o tapa de Victor Fasano, Vesgo voltou a ser esbofeteado. Dessa vez, pelo apresentador e político Netinho de Paula. A agressão aconteceu na entrega do prêmio Raça Negra em que foi inaugurado um canal UHF para o público negro. Depois de o repórter perguntar ao apresentador se ele abriria o canal para todo mundo, Netinho disse que ele deveria saber com quem brincar e lhe deu um soco no rosto, que sangrou e ficou inchado. O apresentador foi acusado de agressão por Vesgo.
Sílvio quebra braço na Argentina
Em busca de Maradona para lhe entregar as Sandálias da Humildade -- que destacavam na verdade a arrogância do premiado -- na Argentina, o humorista Ceará, que imita Sílvio Santos no Pânico, voltou apenas com pulso quebrado. Ele se vestiu de Pelé para enfrentar em campo os hermanos, que não devem ter gostado da afronta e não perdoaram com os carrinhos para roubar a bola. Numa dessas, Ceará caiu no chão em cima do próprio braço, quebrando o pulso. Já no carro a caminho do hospital, o parceiro Vesgo aproveitou para requentar a rivalidade, culpando os argentinos pelo acidente.
Produtor Bolinha fratura ombro
A panicat Dani Bolina resolveu se vingar do produtor Bolinha, quando cansou de ser alvo de suas brincadeiras. Depois de furar todos os pneus e lanternas do carro do produtor, a panicat resolveu jogá-lo, de dentro de uma van, em uma piscina de plástico. A pegadinha, porém, terminou no hospital. Bolinha machucou o ombro e precisou operá-lo. No programa em que foi apresentado o episódio, o apresentador Emílio Surita adotou um tom de pesar para contar o que havia acontecido. “Há mais de dois anos vocês fazem aqueles quadros com mais ação, mais emoção. Só que dessa vez passou dos limites”, disse. Só dessa vez?
Fonte Revista Veja
eu gostei do bolinha ter estorado o ombro =/
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